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Debaixo da água há um universo totalmente novo a explorar
Mergulhar é uma experiência única. Afinal, debaixo da água, há um
universo totalmente novo a explorar, com formas, cores e texturas
surpreendentes. É uma oportunidade de conhecer ao vivo o paraíso
marinho, constantemente apresentado em filmes e fotografias.
Como benefício adicional, a prática é acessível e está longe de ser
exclusiva para exímios nadadores. "O mergulho pode ser um excelente
incentivo para buscar um aprimoramento nas técnicas de natação ou mesmo
para aprender a nadar", diz o mergulhador Sergio Viégas, fundador
e presidente da DAN Brasil (Divers Alert Network). Na realidade, o uso
de equipamentos que permitem respirar na água, assim como coletes e
nadadeiras, fazem do mergulho uma atividade que exige menos técnica do
que a natação convencional.
Ao decidir cair na água, o estreante
pode optar pelo mergulho com snorkel (aquele tubo preso à boca e que
permite respirar quando o rosto está submerso) ou pelo mergulho
autônomo. No primeiro caso, basta um par de nadadeiras, uma máscara para
enxergar embaixo da água, além de um snorkel, é claro, para praticar. A
facilidade é tanta que esse tipo de mergulho é indicado a crianças a
partir de 5 anos. Já o mergulho autônomo, feito com cilindro de ar
comprimido, oferece a possibilidade de ficar submerso por um longo
período de tempo. "Nesse tipo de mergulho, a experiência é completamente
diferente, você descola do mundo real. Com snorkel, por mais prazeroso
que seja, você observa apenas a superfície", diz o instrutor de mergulho
Julio Yaber, da operadora de turismo submarino Atlantes, em Guarapari,
no Espírito Santo.

A maior dificuldade dos
iniciantes é se acostumar a respirar pela boca, já que é preciso sugar o
ar comprimido vindo do cilindro. Uma vez submerso, a pressão
atmosférica também pode incomodar, especialmente os ouvidos.
Felizmente, esses incômodos são rapidamente superados após alguns
minutos embaixo da água. O tempo submerso no batismo costuma ser de 30
minutos. Crianças a partir de 10 anos podem praticar, desde que
aprovadas na avaliação do instrutor. "É a idade mínima, mas não
garantida, porque é preciso considerar o amadurecimento da criança", diz
Yaber. Em compensação, não há limite máximo de idade para mergulhar.
Contudo, há condições físicas que impedem a prática. Como regra,
mulheres em período gestacional não podem mergulhar. Pessoas com
diabetes, histórico de problemas cardíacos e respiratórios, como asma e
sinusite, devem consultar um médico antes da prática. "Asmáticos, por
exemplo, podem ter crises embaixo da água, por conta do ar gelado que
vem do cilindro", diz Viégas. Gozando de boa saúde, até quem tem
limitações físicas, como paraplégicos ou tetraplégicos, pode passar pela
experiência, desde que esteja acompanhado de um instrutor treinado em
mergulho autônomo adaptado.
Uma vez submerso, basta relaxar e
contemplar, com cuidado para não desrespeitar o meio ambiente
"Recomendamos não encostar em nada, até para não se ferir, porque o que
parece uma pedra pode ser uma esponja, por exemplo, e queimar. Os peixes
não podem ser encurralados, para não se assustarem", diz a mergulhadora
Aline Aguiar, vice-presidente do Instituto Mar
Adentro. Também é importante ter cuidado no momento de fotografar
embaixo da água. "Quem fica distraído registrando pode afundar demais e
acabar esmagando algum ser vivo que está no chão", diz Aline. No caso de
câmeras com flash, vale, ainda, ter atenção para que a luz não incida
diretamente sobre os animais.
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Via http://viagem.uol.com.br - Por Marina Oliveira e Suzel Tunes
Do UOL, em São Paulo
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