
Após dois anos sem tirar férias, a coordenadora de vendas Fabiana Rongo, 41, comprou um pacote de cinco dias em Santiago, no Chile, por R$ 1.716,62, com direito a passagem aérea, hospedagem e café da manhã. A viagem será em setembro.
"Eu já tinha jogado a toalha, não achei que ia conseguir fazer uma viagem internacional porque o dólar estava caro", conta.
"Mas quando descobri que pagaria mais de R$ 4.000 para ir a um resort na Bahia, e que Buenos Aires estava a R$ 780 com aéreo e hotel, decidi olhar outros destinos internacionais. Até Punta Cana estava mais barato: R$ 2.700", diz. "Vou pagar em dez vezes, sou amiga do carnêzinho."
Telefone voltou a tocar
Segundo Arthur Sorelli, gerente de produtos internacionais da Latam Travel, em junho houve um salto de 20% nas vendas de roteiros internacionais em relação ao mês anterior.
Na CVC, o aumento da procura pelas viagens internacionais começou a ser sentido desde março, de acordo com a assessoria de imprensa da companhia. Em junho, porém, a proporção entre as viagens vendidas voltou "ao normal": 60% de viagens nacionais e 40%, internacionais. Com a alta do dólar, as viagens para o exterior tinham caído para 30% do total.
Passagens até 50% mais baratas
Outro motivo que levou ao aumento da procura pelas viagens internacionais foi a queda no preço das passagens aéreas, segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem. "Há tarifas que estão custando 50% a menos do que dois anos atrás", diz Bull.Segundo ele, o setor teve que baixar os preços para reagir à crise. "As companhias estavam superofertadas: muitos assentos e poucos passageiros, então elas tiveram de se readequar."
A CVC afirma que os preços das passagens aéreas estão 20% mais baixos, em média, que no mesmo período do ano passado.
Via http://economia.uol.com.br - Por Sophia Camargo
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